quinta-feira, 29 de novembro de 2012

NOVO CLIPE - ELE É ZICA (NINNE RIBEIRO)



NOVO CLIPE 
 (NINNE RIBEIRO)




A Mc "baiana-candanga" Ninne que lançou esse mes seu primeiro EP "140 BPM" acaba de lançar mais um trabalho na rua. Em parceiria com a Haller Music e Fixa Filmes lança o videoclip da musica "Ele é zica" e conta com participações de representantes da cena artistica de Brasilia, são ele Anderson Benjamim, Mc Ahoto, Sergio Bento, Wallison Boy, Manoel Neto (Maneko), Fellipe Souljah, Dj A, Marcio Cipriano, Dudu Lacerda, Igor Calixto e Ariel Haller.

Link do video: http://www.youtube.com/watch?v=MCoa4WFhnpQ

Sound Cloud: www.soundcloud.com/ninneribeiro

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Eleições 2012 - Figuras e figurinhas.



"ELEIÇÕES 2012 - Figuras e figurinhas."
  
por Crônica Mendes.


Eleições 2012. Onde estava o rap?

Muita gente questionou a postura que o rap nacional tomou nestas eleições. Foi certo, errado? O que foi fato: poucos grupos se posicionaram abertamente e diretamente. Teve muitos que só falavam “Não votem no Serra, nem no Russomano”, então seria votar em quem? Soou um pouco de medo em assumir o PT como opção e ser tachado depois de rapper que apoia o mensalão. É até engraçado.

Outro fator interessante nestas eleições, mais uma vez, foram os ditos “candidatos do rap”. Aquelas figuras ligadas ao movimento hip hop, rappers, agitadores culturais, organizadores de eventos... É estranho pensar neste termo – Candidatos do Rap... Penso que deva ser candidatos do povo, e o povo é rap, samba, sertanejo, funk, brega... O povo é tão imenso pra se prender num rótulo. E o rap é como o povo.


Mas vamos lá, o que dizer desses jornalistas que estão vomitando por aí que este imenso número de eleitores que não compareceram às urnas e os que não votaram em ninguém, o que são duas coisas bem diferentes, é um aviso aos políticos brasileiros. Afinal, nestas eleições é que se teve o maior número de rejeição ao voto, mas é preciso tomar cuidado, pois a rede globo de televisão, dona desta informação, é a mesma que arregou em fazer o debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo, arregou. Lembrando também que outros veículos de informação também entraram na onda desta dona ai, bombardeando o povão com mentiras, dizendo que o cristão já estava eleito de primeira, o raquítico tucano estava numa crescente e que o último brilho da estrela vermelha que ainda podia brilhar em Sampa estava caindo e estava praticamente fora da disputa. Todos nós sabemos bem a verdade.

Bom, o bacana mesmo destas eleições foi ver pessoas como Mutran, Dinei, Agnaldo Timóteo, Mulher Pera (muito boa, mas não deu), KLB (seja qual for a letra, não pode) e mais uma boa parte desses que brincam com a politica e ajudam na descrença do povo no voto, não conseguirem entrar. Por outro lado, coisas como Conte Lopes e um amigo coronel da rota foram eleitos, e bem votados, e olha que o coronel já disse – “Uma nova rota vem ai.” Então é “corre que o chicote vai estralar mais ainda.” Já pensou um cara desses com patrões como Alckmin e Serra, pensa! Não sei se choro por conta do coronel e sua novidade (Como cobrar um cara desses?), ou se fico feliz em ver a turma do Timóteo fora. Bom mesmo seria uma terceira opção.

Em alguns estados está chegando. Não é uma brincadeira, tampouco motivo de piada em redes social; Pois enquanto as pessoas brincam com isso, ou com a nova novela, ou entram na onda dos pecados do mensalão, os políticos brincam com o povo e sua descrença, ficando assim bem mais fácil eleger os mesmos.

Acorda BRASIL!

Crônica Mendes

O Chafariz - Markão Aborígine


Por: Markão Aborígine



25 de outubro de 1989. Nasce Samambaia, periferia do Distrito Federal. Os primeiros banhos foram tomados com água do chafariz. Os primeiros leitores foram alfabetizados no Parque Três Meninas.

O Chafariz é símbolo de vida e superação. Famílias oriundas de invasões ou fugindo do monstro do aluguel encontram em Samambaia um novo, ou primeiro motivo para sorrir.

Baseado na força e beleza deste povo, em nossa história de luta e superação, lançaremos em seu aniversário uma nova canção, não em comemoração, mas em homenagem e fortalecimento desta mesma luta.

Se um dia aprendemos a ler no Parque Três Meninas, hoje o vemos entregue a abandono. Se um dia nos divertimos nos campinhos de terra, hoje arranhas céus, filhos da especulação imobiliária nos tiram o divertimento.
Se um dia a diversão fora subir em árvores contorcidas do cerrado, hoje o Parque Gatumé não vem sendo preservado.

Somos mais de 250 mil vizinhos e vizinhas, ainda cruzando Bocas da Mata e Primavera (vias de ligação) para ter acesso a cinema, a teatro. Talvez isto seja resposta, para a cidade com mais adolescentes em conflito com lei.

Assim como a linda criança da foto, enfrentamos e sobrevivemos à poeira, à lama, mas hoje somos alvejados por uma política excludente, que presta serviço a burguesia.

Esta canção é dedicada a cada um e cada uma que sofreram e ainda sofrem com um péssimo transporte público, com os preconceitos enfrentados ao estudar em escolas de outras cidades, com o péssimo hospital, com sua história sendo extinta, mas que ainda sorriem...

A cada um e cada uma que como presente, recebe a transferência do Lixão para a cidade. Logo num local com nascentes e rio que deságua na Bacia do Paranoá. Talvez o lixo, de um jeito ou d'outro voltará a nós.

O Chafariz.
Dedicada a este povo: Vencedor!


Música: O Chafariz
Letra:
 Markão Aborígine
Produção: Diego 157 
Gravado por: WTy no MD Estúdio

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Nova Música: Nexx To You - CLOSE

NOVA MÚSICA:
NexxToYou e Mutt Feat b.m.p (Proce By Neguin Kadyn)


                                                                          Ouça aqui:                                          CLOSE

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Poesia Regional - OS PODERES DA UNIÃO


Poesia Regional - OS PODERES DA UNIÃO
(Pedro Paulo da Silva - Campina Grande/PB)

Viajando por cidades da Paraíba, conheci um homem poeta, carismático, meio marrento, cabra macho daqueles que ouvimos comentar, declamando poesias interessantes que faço questão de compartilhar!



OS PODERES DA UNIÃO

O Executivo não faz
Do jeito que é positivo
A assembléia não legisla
Do jeito certo eletivo
O judiciário não julga
Isso já está cansativo.

Será que há um motivo
Pra tanta desarmonia
Um não executa o certo
Outro lei certa não cria
Quem fica para julgar
Esquece a isonomia.

Parece até tirania
Desarmonia e maldade
A CPI foi criada
Pra tentar a igualdade
Para julgar a justiça
Legisla a ilegalidade.

Poderes com qualidade
Sem precisar competir
Reforma do Executivo
Vai precisar repetir
Pois a reforma política 
Precisa logo partir.

Até quando vai existir
Falcatrua e corrupção?
Aumento do desemprego
Desleixo na Educação
Mão de obra sem qualidade
Juventude sem opção.

Exemplos para a nação
Precisa ter realismo
A CPI da justiça Vasculhando o nepotismo
Acabar com tudo isso
Precisa patriotismo.

Na política do banditismo
Só pobre é que fica preso
Pois o bandido que é rico
Da justiça sai ileso
A legislação se quebra
Quando o bandido é de peso.

O homem está indefeso
Com um executivo incapaz
A lei que deve ser feita
O legislativo não faz.
A justiça é tão injusta
Quase ninguém a satisfaz.


(Por: Lô Sousa)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Literatura Rap - Sejamos nós mesmos nossos lideres




 "Sejamos nós mesmos nossos lideres"
  por Crônica Mendes, do grupo A FAMÍLIA.



Dia desses, conversando com o Gordinho do grupo Primeiro Ato, me emocionei com uma declaração dele. Fiquei pensando a noite inteira em cada palavra e concordo plenamente com o que ele disse; Não dá para deixar toda a história que o Rap construiu se perder nas linhas de um contrato, ou nas rimas sem compromisso, ou se perder de fato por quaisquer motivo. Tudo bem, eu aceito o argumento 'dos demais', mas não maltrate o rap tanto assim (Obrigado Paulinho da Viola por esse pensamento nos servir tão bem.) Parece até que o coração que movia o rap deixou de pulsar forte como antes, agora parece que existem outros motivos para querer cantar rap, antes era a indignação, hoje ñ vou dizer que é por moda, hoje simplesmente não sei por que muitos cantam Rap. Não vejo, não sinto, não ouço muitos dos que estão por ai. Respeito a variedade, mas ñ aceito o desleixo com o compromisso do Hip Hop, o rap não é só música, palco, cd... Atente-se! Parece até que é facil compor um rap, não se engane fácil não é... Eis os mcs e o rappers, ao longo de mais de 20 anos muita coisa foi deturpada... Como já disse uma vez - Nesse momento lembro dum livro que li, chamado "De que lado você está?"

Gordinho, você é um guerreiro irmão, seu tempo pertence só a você, o importante é buscar estar bem e feliz consigo. Muitas vezes na luta da vida, a gente pensar que nosso tempo já passou, e muitas vezes essa sensação é causada por estarmos lutando de maneira errada, com armas erradas, com visões erradas, são tantos motivos que nos levam a pensar dessa forma, e são maiores ainda os motivos para continuar lutando e aprendendo a maneira certa. Nenhum guerreiro do rap está dispensado de sua missão, mas é bom que cada um de nós encontre nosso posto. O rap respira em você, em mim, em cada um que acredita que já foi tocado pelo rap, que teve sua vida transformada pelo rap. Acredita nisso meu mano! O rap é o que você é não o que dizem que tem que ser.


Construímos uma estrada até aqui e ela vai mais além, todos podem trilhar nessa estrada, mas saibam que sofreu, quem sangrou, quem morreu, quem digladiou, quem fez tudo para que o Hip Hop, o Rap pudesse estar nos corações e mentes dessa grande favela chamada Brasil.

Vamos pra frente, vamos para o próximo passou, mas vejo que isso ha de ser feito como processo de extensão, sem o abandono de lugar ou pessoas. Não é nada sobre novo ou velho, mas sim sobre as maneiras de tratar o Rap, o HIP HOP... Isso é a vida da gente.

Muitos dizem que já somos velhos e que cansaram das coisas que falamos, cantamos, mas se já cansaram é bom saber que pouca coisa mudou, e o que mudou foi por causa dessa nossa luta, e saibam também que os problemas mudaram, evoluíram também, mas não estão sanados. O novo sempre vem, a forma como chega é que diferencia tudo. E quando se manifesta esse debate, muitos pensam que é inveja, raiva ou até ódio, mas da minha parte não é nada disso, é apenas uma busca por se entender como foi que a mídia fonográfica injetou essa briga entre nós, e como muitos se pintaram de acordo com o que o inimigo queria. Ouço muitos da dita "nova geração", mas não os que a mídia diz ser a nova geração.


Vamos!!!

Sejamos nós mesmos nossos lideres.



Crônica Mendes
#ContinueOuvindoRap! 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Lançamento: Los Guerreros - PRANTO

 Los Guerreros - PRANTO 




Dos meus olhos caem lágrimas, enche o oceano, é a degradação do ser humano, minha imagem e semelhança é para reinar, ao contrário eles preferem, regredir e se matar.

Clipe gravado nas ruas e no porto de Santos (SP) Algumas Cenas captadas no Valparaíso (GO).

Produção: Barraco Design - (61) 91178757
Direção: Ribeiro
Atuação: Israel Henrique
Coadjuvantes: Kleber Malta e Chicão MC

Esta canção surgiu a partir de uma conversa de Ribeiro com seu primo Herbert, em que ambos questionavam a existência de várias músicas em primeira pessoa onde quem domina a fala é o diabo e nenhuma ou poucas músicas, tendo como primeira pessoa a representação de Deus. A letra demorou cerca de dois anos para ser concluída. Cada verso só foi escrito mediante a inspiração divina. (Produção de Diogo Santos)

Lançamento: NOVO CENÁRIO "Só existe um Juiz"


NOVO CENÁRIO "Só existe um Juiz" 



DOMÍNIO PRÓPRIO - PLANALTINA (DF)


DOMÍNIO PRÓPRIO - PLANALTINA (DF)






Grupo este que está no cenário a 8 anos. O mesmo encontra-se em produção do seu 1º CD com produção do DuckJay. 




DOMÍNIO PRÓPRIO - Grupo de RAP GOSPEL - formado na cidade satélite de Planaltina-DF. Rima o cotidiano do subúrbio brasileiro voltado aos conselhos e versículos bíblicos; com vocais sobre bases desde os estilos Gangsta RAP, Dirty South, Crunk, Bass (Gravão) aos mais diversos, aprovado por considerável parte da nova Geração do Rap de Brasília.



Formado em 2003 com a finalidade principal de trabalhar com a divulgação da melhoria na qualidade de vida através do rap evangelístico, realizando trabalhos nas ruas, tais como: cultos ao ar livre, evangelismo no CAJE de Planaltina-DF e eventos realizados nas igrejas, levando o evangelho e o amor de Jesus Cristo aos que precisam de uma mudança.


As composições consistem em letras que conscientizam e incentivam a busca pela fé e a ética cristã. O grupo tem abordado temas como: as consequências do envolvimento com as drogas, a violência doméstica, a valorização da vida, e o evangelho de Jesus Cristo. 

Em 2012, o grupo se profissionalizou, iniciou a montagem da assessoria e a aquisição da carteira de músico da OMB (Ordem dos Músicos do Brasil).




MEMBROS:
Ernandes Rodrigues - vocal;
Lucas Rodrigues - vocal;

EX-MEMBROS:
Marcos Antônio Guimarães - vocal;
Ana Luiza - vocal;

COLETÂNEAS/MIXTAPES 
(VA - VÁRIOS ARTISTAS):

                C5 GOSPEL - 2005;
                MIXTAPE DINASTIA 3 DOBRAS - 2009;

 DVDs:
            Amipaz - Música: Vai tremer - 2008

PRODUTORES:
DUCKJAY - Indústria Kamika-Z






Videoclipe "Drácula" - Sandrão do RZO


Videoclipe "Drácula"





Segue o novo trabalho de Sandrão do RZO, o Videoclipe "Drácula" que terá como ponto forte a equipe do diretor renomado Ze Carratu, com participação de Cris Carniato e Sombra (SNJ). A musica Drácula fará parte do novo cd do Sandrão.






Redes Sandrão Rzo

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

midiacidada2012

Apresentação cultural - Vera Veronika e Chokolaty Djchokolaty




Vera Veronika estará palestrando na mesa MIDIA E EDUCAÇÃO dia 24/09 as 17h e logo após a mesa apresentação cultural - Vera Veronika e Chokolaty Djchokolaty, veja programação no Site:

Bella Dona - Taty

TATY - Bella Dona




Taty  é educadora social, cantora, compositora, poetisa, artesã, militante. Pertence a Marcha Mundial das Mulheres. Canta desde criança, onde iniciou no coral da igreja, ainda, cantou soul, no movimento Hip Hop. Começou como backing vocal e sempre compos suas músicas. Já foi premiada pela Secretaria de Educação por suas poesias. 

Dentro do grupo Bella Dona no qual formou, essa garota "Kamika-z" vem fazendo um belo trabalho destacando-se pelo talento e sua correria. Quem a conhece sabe do seu amor pelo Rap e sua luta, por meio de uma trajetória nada fácil pra uma mulher. A vontade de vencer sempre foi maior que as pedras no caminho.


Uma de suas poesias:

Audaciosa

A mulher é  desmedida entre o sim e o não
É  intrépida em tudo o que ama e odeia
Simplesmente  uma obra de gênio
A musa inspiradora que se destaca no que é gracioso

A vestiram de coragem, completa tua beleza é plena
O poeta  escreveu sobre você
O pintor lhe deu tuas formas
Insaciável plenitude no olhar

A flor  eminente  no jardim de pedra
Guerreira de salto alto, assombro de formosura
Com batom sem medo vai enfrentando
Na luta obteve méritos, sobre todas as honras a ela é devido ...

Taty - BellaDona

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

RIMA COLETIVA #1

RIMA COLETIVA 01!



O projeto RIMA COLETIVA reunirá semanalmente artistas do Hip Hop do Distrito Federal em apresentações de acapella de seus trabalhos.

Nesta edição HcTrês, Dr. Paulo, Quadrilha Intelectual e Réus.

http://hiphopessencia.blogspot.com.br/

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Literatura do Rap - Crônica Mendes




E nesse primeiro texto do mês de Setembro, apresentamos "O Problema é Nosso"
 por Crônica Mendes, do grupo A FAMÍLIA.


O PROBLEMA É NOSSO

Não temos mais problemas.
O problema não é meu.
Cada um na sua.

Em qual dessas você se encaixa?



Pra ser sincero eu não me vejo em nenhuma dessas. Nem naquela idéia tosca de cada um no seu quadrado. Tá tudo uma bagunça só, que dá medo em muitos de se posicionarem, e isso de fato é preciso. Tal como li num livro de nome "De que lado você esta?" do autor André Ebner. E ai meu irmão, minha irmã, qual é?

Estive no último domingo, 22, em um ato cultural beneficente na Favela do Moinho, a favela no coração da maior metrópole brasileira. O ato, o festival, foi em prol das famílias vítimas do incêndio ocorrido nas vésperas do Natal, 22 de dezembro do ano velho, que devastou metade da favela, deixando mais de 300 famílias desabrigadas e sem nada.

Foi íncrivel ver a força da Favela, as suas pessoas articuladas, organizadas, unidas. E como toda favela, o Moinho também tem suas contradições, mas nada que deixa no breu a luta e o exemplo de garra dessa gente nossa. Eu vi, eu estava lá.

O rap foi convocado pela Mãe Favela, a literatura com força respirou o mesmo ar... Não foi o estado, prefeitura, não foi o funk... Foi a Favela do Moinho, o povo quem convocou e o Rap é do povo e com o povo é que ele vai pra luta.


Têm muitos ignorantes por aí dizendo que o Rap agora não tem, nem precisa falar mais de problemas sociais, de comunidade ou de suas pessoas. Querem nos dizer que devemos falar apenas do nosso umbigo, do nosso ego e deixar de lado a nossa indignação. Falar disso pra que? Com um desprazer por este tipo, eu apenas discordo desses ignorantes e vos digo - Não temos que cantar sobre os problemas? Não temos mais problemas? Olhem a nossa volta, veja o que o Moinho está passando, o Pinheirinho, e tantas outras famílias de tantas outras quebradas. Nem mesmo os intelectuais da grande mídia aceitam esses mentirosos ignorantes. Estão sendo usados, aproveitem, pois cada um sabe o que vale, cada um sabe o seu peso. E antes que alguém pense que estou generalizando quando escrevo sobre isso, a resposta é simples - Eu apenas estou assumindo um lado, assim como outros estão fazendo. Lhe convido a fazer o mesmo. Lhe garanto que respostas surgirão, mascaras cairão, líderes tombarão e você se encontrará melhor consigo mesmo.










Ah, aproveito para fazer um pedido - Não nos abandone, "continue ouvindo rap, o rap."

Sem mais no momento,

Crônica Mendes
Obs: a foto e da Nina Fideles (Jornalista) e a arte é da comunidade pró Pinheirinho.

Hip Hop contra o Bulling


sábado, 1 de setembro de 2012

Proceder da fé



A FÉ É A CERTEZA DE QUE VAMOS RECEBER AS COISAS QUE ESPERAMOS E A PROVA DE QUE EXISTEM COISAS QUE NÃO SE PODE VER, FOI PELA FÉ QUE AS PESSOAS DO PASSADO CONCEGUIRAM A APROVAÇÃO DE DEUS.

É PELA FÉ QUE ENTENDEMOS QUE O UNIVERSO FOI CRIADO PELA PALAVRA DE DEUS E QUE AQUILO QUE PODE SER VISTO FOI FEITO DAQUILO QUE NÃO SE VÊ. E É POR ESSE MOTIVO QUE AS NÓSSAS VIDAS TÊM QUE PROCEDER DA FÉ...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cosmo Clan

COSMO CLAN

Uma realização do selo brasiliense SAIDIRETRO. 
Gravado em Genosha, Brasília-DF.

credits

released 28 August 2012 
Todas as músicas compostas por Cosmo Clan. 

Produzido por Eric Magnus 
*exceto "Cinema Divino" por Dimitri Maverick. 

Masterizado por DJ Batma para Stone Roots. 

Contato: cosmoclanbrasil@gmail.com 
Fan Page: www.facebook.com/pages/Cosmo-Clan/380455242023877

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Novo Clipe: A missão Prossegue (Geração Profética)


Clipe: A missão Prossegue 
(Geração Profética)


O Grupo Geração Profética após 9 anos de trabalho lança seu primeiro Video clipe 
"A missão Prossegue"  
 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

paRAPensar - Injustiça escancarada


paRAPensar - Injustiça Escancarada






Nunca o Judiciário brasileiro esteve tão exposto na mídia e na boca do povo. Quase todos os dias a mídia registra os conflitos entre instâncias, críticas internas e externas a membros da corporação, contradições de posições, decisões e sentenças. Até bate-boca entre ministros do Supremo Tribunal Federal são transmitidos ao vivo pela TV e circulam na Internet para delírio das torcidas, provocam mensagens e abaixo-assinados.

Tudo indica que a questão de fundo é uma só: o bloco monolítico do Poder Judiciário, historicamente a serviço das classes dominantes, não consegue mais atuar de forma monolítica. Por isso mesmo expõe suas contradições numa sociedade marcada pela desiguldade, sofre com as divergências intestinas e é alvo de outras instituições mais suscetíveis às exigências democráticas. Mesmo que se diga o óbvio, a crise é positiva, tem a ver com possíveis mudanças de adaptação a uma realidade que insiste em abandonar vícios do passado oligárquico. Apesar da disciplina hierárquica, florescem as correntes comprometidas com a utopia jurídica segundo a qual a lei e a Justiça devem ser aplicadas igualmente para todos, sem qualquer distinção. 

A mesma instituição utiliza pesos e medidas diferentes para julgar ricos e pobres. Aos pobres aplica a rigidez da punição – independentemente de ter os seus direitos assegurados. Aos ricos, em muitos casos, todo o aparato legal leva à impunidade. A opinião pública percebe que a injustiça é escancarada. 






A mesma instituição que concede habeas corpus a figuras como a proprietária da butique de luxo Daslu, que deve aos cofres públicos R$ 1 bilhão, deixa ladras de xampu e desodorante longos meses morando na cadeia:





Maria Aparecida evita olhar para sua imagem refetida no espelho. Faz sete anos que a jovem paulistana saiu da cadeia, mas, nem que quisesse, conseguiria esquecer o que sofreu durante um ano de detenção. Seu reflexo remonta ao ocorrido no Cadeião de Pinheiros, onde esteve presa após tentar furtar um xampu e um condicionador que, juntos, valiam 24 reais. Lá, Maria Aparecida de Matos pagou por seu “crime”: ficou cega do olho direito. Portadora de “retardo mental moderado”, a ex-empregada doméstica foi detida em flagrante em abril de 2004, quando tinha 23 anos. Na delegacia, não deixaram que telefonasse para a família. Foi mandada diretamente para a prisão, onde passou a dividir uma cela com outras 25 mulheres. Em surto, a jo-vem não dormia durante a noite, comia o que encontrava pelo chão, urinava na roupa. Passado algum tempo, para tentar encerrar um tumulto, a carceragem lançou uma bomba de gás lacrimogêneo na área das detentas. Uma delas resolveu jogar água no rosto de Maria Aparecida, e a mistura do gás como líquido fez com que seu olho fosse sendo queimado pouco a pouco. “Parecia que tinha um bicho me comendo lá dentro”, conta. A pedido das colegas de pavilhão, que não aguentavam mais os gritos de dor e os barulhos provocados pela moça, ela foi transferida para o “seguro”, onde ficam as presas ameaçadas de morte. Maria Aparecida passou a apanhar dia e noite. “Eu chorava muito de dor no olho, e elas começaram a me bater com cabo de vassoura”, relembra, emocionada. Somente quando compareceu à audiência do seu caso, sete meses depois de ter sido detida, sua transferência para a Casa de Custódia de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foi autorizada. Lá, diagnosticaram que havia perdido a visão do olho direito. Foi nessa época que sua irmã procurou a Pastoral Carcerária, que a encaminhou para uma advogada que entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo, que foi negado. Apelou, então, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em maio de 2005, concedeu liberdade provisória à jovem, 13 meses depois de ter sido presa por causa de 24 reais. A advogada também entrou com um pedido de extinção da ação, baseando-se no “princípio da insignificância”, aplicado quando o valor do patrimônio furtado é tão baixo que não vale a pena a justiça dar con-tinuidade ao caso. No entanto, até hoje, o processo não foi julgado, e Maria Aparecida continua em liberdade provisória.

É um descaso muito grande. Já era para esse julgamento ter acontecido. Minha irmã pagou muito caro por esse xampu que não chegou a utilizar”, critica. “Tem gente que não precisa estar na cadeia. Existem penas alternativas e o caso dela não seria de prisão, mas sim de internação, já que desde os 14 anos ela toma medicação controlada”.

O mesmo recurso jurídico – o habeas corpus – pedido pela advogada para que Maria Aparecida respondesse ao processo em liberdade foi solicitado e concedido, em 24 horas, a outra mulher. Mas um “pouco” mais rica: a empresária e proprietária da butique de luxo Daslu, em São Paulo, condenada em primeira instância a uma pena de 94,5 anos de prisão. Três pelo crime de formação de quadrilha, 42 por descaminho consumado (importação fraudulenta de um produto lícito), 13,5 anos por descaminho tentado e mais 36 por falsidade ideológica. Somando impostos, multas e juros, a Justiça diz que a Daslu deve aos cofres públi-cos 1 bilhão de reais.



A diferença de tratamento dispensado a casos como o de Maria Aparecida e a dona da boutique acontece porque, embora na teoria a lei seja a mesma para todos, na prática, ela funciona de forma bem distinta para os representantes da elite e para os pobres. Entretanto, que não existe uma justiça para ricos e outra para as camadas mais humildes. “Ela é uma só, mas é aplicada diferentemente”. A questão do acesso à justiça no Brasil é histórica. “Sempre houve uma grande diferença de tratamento dos cidadãos de diferentes classes sociais pelas instituições judiciárias”. Ele explica que dentro do judiciário há distinções no andamento e e efetividade dos processos, que variam com a classe social dos envolvidos. Um dos maiores pro-blemas do poder é sua morosidade. No entanto, “isso não significa que os processos dos ricos são mais ágeis. Depende dos interesses e efeitos produzidos pelos processos”. Ou seja, a Justiça, quando interessa às classes dominantes, também pode ser lenta. Como exemplo, o “o longo tempo de uma execução para cobranças de dívidas de impostos, de contribuições previdenciárias”. Em relação a casos penais, isso também ocorre, “como quando uma pessoa com muitos recursos financeiros é acusada – Paulo Maluf, por exemplo. Nesse caso, ela é ca-paz de bloquear o andamento do processo até que a pena esteja prescrita. A agilidade em decidir a prisão ou soltura de uma pessoa também varia, de acordo com sua classe social”. A diferença é que “um acusado de classe menos favoreci-da não será capaz de usar as oportunidades permitidas pelo processo”.

Fonte: Revista Caros Amigos, com adaptações.