sábado, 21 de abril de 2012

paRA Pensar - Um pouco sobre ricos e democracia brasileira.

paRAPensar - Ricos e Democracia no Brasil





 Aqui os ricos vivem muito bem.

Sabemos que se formos a qualquer cidade brasileira, veremos segmentos sociais que participam de um alto padrão de consumo. Há bairros de qualquer cidade brasileira onde há casas com garagem com 4, 5 carros, cada membro da família tem um automóvel. Há casas compatíveis com padrão hollywoodiano de habitação.

Os ricos vivem aqui muito melhor que a classe média nos Estados Unidos e na Europa porque aqui os ricos não pagam impostos. E lá não existe como aqui, essa massa de serviçais. É manicure, empregados domésticos, cortador de grama, faxineira, auxiliar, ou seja, um exército de prestadores de serviço. No Brasil, as famílias de classe média e ricas têm, em média, 13 serviçais à sua disposição. São 13, no mínimo, ou seja, são mais de 20 milhões de pessoas que constituem esse exército com remuneração extremamente baixa. Por que é possível ir para uma churrascaria, uma pizzaria no Brasil e comer de forma extravagante pagando preços baixos? Porque aqueles que lá trabalham, o pizzaiolo, o churrasqueiro têm remunerações extremamente baixas. O que chama a atenção é que viabilizar e internalizar esse padrão de consumo é somente possível com uma brutal concentração de renda, que tira dos pobres e dá para os ricos e com um Estado que se organizou para atender fundamentalmente os ricos, o andar de cima da sociedade, como dizia Milton Santos.  

Esse andar se cima tem tudo. Tem banco público, tem sistema de tecnologia, tem compras públicas, tem o rap comercial, suas músicas, seus artistas, seu sistema, ou seja, montou-se uma estrutura para sustentar os de cima. Isso não é uma experiência exclusivamente brasileira, mas talvez chegamos a maior sofisticação.



Democracia em meio ao capitalismo, que não quer mais só o nosso coração, quer nosso cérebro.


Democracia não é falar mal do governador, do presidente, falar de qualquer coisa. Democracia é a construção de convergências, de projetos estruturantes, revolução, questionamento, não-passividade. O desafio que temos é enorme. A democracia nos dá essa condição. Não é mais o FMI, a ditadura que nos impossibilita de praticarmos o novo. Quem nos impossibilita de praticarmos o novo. Quem está impossibilitando somos nós mesmos, dada a nossa incapacidade de construirmos divergências, críticas, lutas. Chamemos a atenção que a crise não é só destruição, mas uma oportunidade de construção de algo superior. Ela abre perspectiva do enfraquecimento da dominação política que antes moldava o mundo, ou seja, abre a possibilidade de construção de um novo padrão civilizatório.

Uma das principais funções das escolas dos ricos por exemplo, da elite é construir com as crianças individualmente, seu projeto de vida. Para quem vai viver 100 anos terá dormido 30 anos. Na sociedade do conhecimento que é a do capitalismo, não há razão alguma que as pessoas comecem a trabalhar antes dos 25 anos de idade. Não é a sociedade da informação? Por que começa a trabalhar cedo, antes de ter completado a universidade? E isso já existe no Brasil, mas para os ricos. Dificilmente vamos encontrar um filho de rico que tenha começado trabalhar antes dos 25 anos de idade, depois de ter completado a universidade, ter feito MBA, ter estudado fora do país. Somente no Brasil os filhos de pobres estão condenados a trabalhar sempre. Eles querem dar trabalho para os filhos dos pobres, não querem dar educação.

As ações de educação são todas voltadas para o mercado de trabalho. Os filhos dos pobres começam a trabalhar muito cedo, eles não estudam e vão ocupar os piores postos do mercado brasileiro. Temos República no Brasil? Não temos República, nada. República significa igualdade de oportunidades, e se há os que começam a trabalhar com 13 anos de idade e outros só depois dos 25, não há igualdade de oportunidade. Os filhos dos ricos vão começar depois e ocupar os principais postos do mercado de trabalho, seja no setor público, seja no privado. O mercado de trabalho reproduz a desigualdade. Os filhos dos pobres continuarão sendo pobres e os filhos dos ricos continuarão sendo ricos. 





Por: Looh, com adaptações da entrevista de Márcio Pochmann (O mercado de trabalho reproduz a desigualdade, Revista Caros Amigos, número 149, Agosto de 2009), economista da Unicamp.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Rap Feminino do DF: Ninne Ribeiro, música com amor.

Vídeo: Música Com Amor




Música: Música Com Amor
Artista: Ninne
                                       Imagens, direção, produção e edição: Rafa Baduei
        Participação do Mc Rapadura e Thiago jamelão (Guitarra e voz da banda Ataque Beliz)
                                                       Produção e Beat: Ariel Haller
              Mix e Master: Ariel Haller e Alisson Melo(Mulumba Trafica) - UMMA MUSICA


Nine Ribeiro, mais conhecida no meio artístico como Ninne, é a nova revelação do Rap do DF e acabou de lançar essa semana o seu primeiro videoclipe, com a participação de nada mais nada menos que o grande MC RAPadura.

A MC veio com tudo nesse som, mostrando seu potencial, sua versatilidade nas rimas e principalmente o seu amor pela música, como ela mesmo deixou claro na letra: "...respeito os estilos mas a minha bandeira é de música feita com amor..."




Quem cuidou da produção musical foi o já consagrado produtor Arie Haller e o Alisson Melo (Mulumba Trafica - Ataque Beliz). O guitarrista e vocalista da banda Ataque Beliz, Thiago Jamelão, participou no refrão e soltou a voz, deixando a música com uma melodia contagiante, que agrada aos ouvidos até de quem não é muito fã de rap.



                                                O vídeo foi dirigido e produzido pelo Rafa Baduei, e conta com cenas filmadas à noite, mostrando as ruas do DF, e outras no estúdio do Ariel Haller.

Nos próximos dias a música será liberada para download, por enquanto assistam o videoclipe e fiquem de olho nessa mulher porque ainda tem muita coisa boa vindo por aí.

Texto: Loko do Cerrado

Contato

Twitter: @nineribeiro2011
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terça-feira, 10 de abril de 2012

Comunicação Racial


COMUNICAÇÃO RACIAL - Recanto das Emas



Novo trabalho:


A causa é Justa
15 faixas 
Participações: Carlos Marques, Jordan, Gibe, Handriell X, 
Doctor Zumbá, Fernanda Brasil, Nego Lexx.
Vendas: 61-93140334. 
Entregamos em todo o Brasil: contatocomunicacaoracial@gmail.com


Grupo de rap da periferia de Brasília, mais precisamente da cidade satélite do Recanto das Emas, criado em fevereiro de 1997, carrega uma bagagem de várias apresentações no DF e entorno, uma discografia de 3 cd´s lançados e encontra-se em fase de gravação em estúdio do quarto trabalho. 

Vem se destacando no cenário do rap nacional e conquistando espaço na cultura  Hip Hop que cresce entre os jovens de periferia, por meio do rap nacional que retrata em  músicas a realidade vivida por inúmeros brasileiros.
 
Formado por Rapper Brodelly e Rapper Jonathan, o grupo luta com todas as forças para continuar vivo na batalha contra as drogas e o crime, que infelizmente tira a vida de jovens brasileiros. Usa como arma de transformação, letras de rap em uma batida envolvente e a revolução emanando nas ondas sonoras.

O grupo ainda chama atenção com 3 vídeos na internet, vistos por mais de 300 mil pessoas e que foram gravados nas ruas do Recanto das Emas.

Nessa pequena parte da história do Comunicação Racial transformada em realese, você poderá conhecer um pouco do que fizeram nessa caminhada árdua e sincera no que diz respeito ao compromisso com a cultura periférica.

Edição: Equipe DuRap DF

Palcomp3

Vídeos:
 
 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Lançamento: Leo Maverick Heróis e Covardes

Trabalho solo de Leo Maverick (Maverick)


Amazonia Beats the source for Rappers
 
Leo Maverick - Heróis e covardades (MIXTAPE 320 V8)
 
Recorded at Dresden / DE in 2012-03-30 by DJ Raffa Santoro
 
Special thanks for Mirko Naumann
 
Enjoy our beats today @amazoniabeats