sábado, 10 de dezembro de 2011

Sarau Samambaia Poética 09/12/2011



Na última sexta aconteceu o Sarau Samambaia Poética, um evento realizado pelo Circula Cultura e Coletivo Artsam. 

Um encontro de rap, poesia e literatura marginal que emocionou e orgulhou a todos os presentes. Vários artistas de Brasília declamando suas poesias, o público participando, apresentações de Markão Aborígine, Arsenal do Gueto, Rapadura, Rodrigo Misquita com todo o seu talento, o tiozinho muito massa e inteligente mesmo, com poesias sensacionais Luiz Vieira, arrasando nas homenagens à cidade de Samambaia e a participação do @renan_inquerito, lançando seu livro #PoucasPalavras e empolgando geral com suas apresentaçoes.

Puxa, #SEM PALAVRAS.
Por: L. Cycy
Fotos por: Hud e Leonardo Zouain de Morais



Que isso, que sarau! A literatura marginal finalmente tomando conta dos palcos, das mentes dos jovens e daqueles que certamente preocupam-se com a revolução social, com a mudança de conceitos e um novo pensar sobre as várias realidades de nosso país.

  Roleta Russa
 

O futuro é uma bala perdida, meu filho
Mas é você quem aperta o gatilho








Depoimento de Paulo Diego:

"Simpresmente paixão.

Me apaixonei por tudo que rolou ontem no "Samambaia Poética", desde o lançamento do livro #poucaspalavras do Renan, as apresentaçoes musicais, me surpreendi com o talento da rapaziada que recitou seus sonhos e revoltas, o clima de paz e alegria também chama atenção e convida a ir novamente àquele lugar.

Excelente trabalho do Markão, Samambaia agradece e presenteia (os visitantes) com uma noite apaixonante.


Recordando-me de como o Markão iniciou a noite, "Boa Noite"... eu não sabia mas ele profetiza nossa admiração e paixão pelo sarau e pela noite.


Paulo Diego
Pensador Autônomo



Poema que recitei na maravilhosa noite de sexta no sarau "Samambaia Poética":


NORMAL


Dar força pra mim...vai
Seja comigo sim... meu pai
Permite minha língua desapregar
Minha boca aprender falar
Enche-me com teu espírito para eu profetizar
Nunca soube o que é ouvir
Vivo por sentir, ver, ter fé em ti.

Me chamam de especial
Me tratam como se eu fosse um animal
Acham que não sou gente
...
Infelizmente não sou NORMAL!
Passam por mim, fingem não ver
Não me entender, não me conhecer
Não sei porque não podemos ser amigos
Eles vêem mas não vejo esse abismo
É triste e depressivo
Um mundo que todos falam e eu sou excluído.


De: Paulo Diego

http://paulodiegobrasil.blogspot.com/

Bart Almeida:

“Literatura no ar!”
Versos curtos, versos longos e ritmados.
Feitos pra relatar, alertar, revolucionar.
Conhecimento adquirido nas ruas.
E somente à ela se pode aplicar.
Preocupação com a juventude.
Que vai à escola, somente merendar.
Pois um sistema mais falho que o escolar.
É o apelidado xadrez. Xadrez será?
Então porque apenas os peões estão por lá?
Para evitar que mais almas se percam,
e mostrar o caminho as perdidas nesse loco mundão.
Eu indico bons RAPs daqueles que tocam no fundo do coração.
E para revolucionar esta nação, vamos ocupar as bibliotecas.
Pois nesses espaços poderemos nos armar até o dia da batalha chegar.
Sei que com essas palavras nada irei mudar.
Mas se todos que me ouvem, essa mensagem repassar.
A plantação poderá iniciar, com poemas marginais iremos regar.
Pra que nossa geração, use a arma do conhecimento para batalha.
E reafirma que o boné, a roupa larga, os modos de gesticular.
É de uma cultura viva, que usamos como armamento para guerrear.
E sempre que sentirmos acuados poderá gritar:
“Literatura no ar!”












 


 














2 comentários:

  1. Oh..
    Poucas palavras, so as necessarias..rs
    Esse foi mais um sarau que entra pra historia. Noite linda memo ne nao irmao!
    Mo satisfaçao !!!

    ResponderExcluir